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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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Qual é a idéia de meio ambiente que temos? Quase sempre estamos condicionados a pensar o meio ambiente sendo apenas natureza, uma visão naturalista. Ou que o meio ambiente é tudo que está a nossa volta e de onde tiramos o nosso sustento, visão que chamamos de utilitarista. Essas duas formas de pensar, no entanto revelam visões distorcidas do que realmente é o meio ambiente. Ambas implicam no distanciamento entre natureza e cultura, entre natureza e seres humanos.

A idéia de meio ambiente tem abrangência muito maior, onde o ser humano também é parte da natureza e não superior a ela, e que todos os seres vivos vivem em constante interdependência entre si e com o ambiente. O ser humano faz parte da grande comunidade da vida do Planeta Terra.

Na prática a educação ambiental envolve também as ações destinadas a ampliação do conhecimento sobre as questões ambientais, a mudança de hábitos, posturas e comportamentos que intencionam mais qualidade ambiental e social.

O meio ambiente é a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas. A qualidade do meio ambiente em que a gente vive, trabalha e se diverte, influi consideravelmente na própria qualidade de vida (satisfatório e atrativo ou nocivo, irritante e atrofiante). Ter mais ou menos dinheiro é, muitas vezes, confundido com pior ou melhor qualidade de vida (PIB e IDH) esses valores está aparentemente em conflito: desenvolvimento econômico e social e preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

Nesse processo, a Educação Ambiental é uma proposta de filosofia de vida que resgata valores éticos, estéticos, democráticos e humanistas. Ela parte de um princípio de respeito pela diversidade natural e cultural, que inclui a especificidade de classe, etnia e gênero, defendendo, também, a descentralização em todos os níveis e a distribuição social do poder, como o acesso à informação e ao conhecimento. A Educação Ambiental visa modificar as relações entre a sociedade e a Natureza, a fim de melhorar a qualidade de vida, propondo a transformação do sistema produtivo e do consumismo em uma sociedade baseada na solidariedade, afetividade e cooperação, ou seja, visando a justa distribuição de seus recursos entre todos.

Estes recursos educativos, tomados cada um por si, não são estranhos às metodologias consagradas na educação como aquelas inspiradas em Paulo Freire e Piaget, entre outras.

Poderia dizer, numa primeira consideração, que o novo de uma EA realmente transformadora, ou seja, daquela EA que vai além da reedição pura e simples daquelas práticas já utilizadas tradicionalmente na educação, tem a ver com o modo como esta EA revisita esse conjunto de atividades pedagógicas, reatualizando-as dentro de um novo horizonte epistemológico em que o ambiental é pensado como sistema complexo de relações e interações da base natural e social e, sobretudo, definido pelos modos de sua apropriação pelos diversos grupos, populações e interesses sociais, políticos e culturais que aí se estabelecem. O foco de uma educação dentro do novo paradigma ambiental, portanto, tenderia a compreender, para além de um ecossistema natural, um espaço de relações socioambientais historicamente configurado e dinamicamente movido pelas tensões e conflitos sociais.

De todo modo, a construção de um elo entre educação e meio ambiente, capaz de gerar um campo conceitual teórico-metodológico que abrigue diferentes propostas de EAs, só pode ser entendida à luz do contexto histórico que o torna possível.

Assim, o qualificador ambiental surge como uma nova ênfase para a educação, ganhando legitimidade dentro deste processo histórico como sinalizador da exigência de respostas educativas a este desafio contemporâneo de repensar as relações entre sociedade e natureza.